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Jovens baianos vão apresentar projetos na 22ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia
Um grupo formado por 12 estudantes da Escola SESI Bahia embarcou nesta segunda-feira, 18.03, para São Paulo, para participar da 22ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). Considerada um dos principais eventos científicos pré-universitários do Brasil, a feira acontece até o dia 22 de março.
Os jovens fazem parte do Programa de Iniciação Científica da Escola SESI, em Salvador e Vitória da Conquista, e vão apresentar projetos áreas de Engenharia, Ciências Agrárias e Ciências Humanas, durante o evento científico nacional que é realizado anualmente pelo Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
“Depois da pandemia, o critério de seleção da Febrace ficou mais rigoroso, com uma etapa de avaliação prévia dos projetos inscritos. Mesmo com essa complexidade, ainda mantemos um número representativo de projetos produzidos por alunos de diferentes unidades da Escola SESI, que envolvem diferentes áreas do conhecimento, como química, eletrônica, zootecnia, educação e sociologia. Isso demonstra a robustez do nosso Programa de Iniciação Científica”, ressalta o gerente de Educação Científica e Tecnológica do SESI Bahia, Fernando Moutinho.
Estudantes da Escola SESI Reitor Miguel Calmon, Daniela de Paula e Franciele da Silva concorrem na área de Engenharia com o projeto SMAC – Sistema de medição de adulteração de combustível. As duas pensaram no projeto depois que ouviram o relato de um professor que teve problemas no veículo depois de abastecer com combustível de má qualidade. “O dispositivo identifica se o combustível está ou não apto para uso, e foi criado visando evitar que o consumidor caia em golpes, comprando combustível que vai trazer problemas para o veículo”, conta Daniela, que também faz curso técnico em Biotecnologia no SENAI.
Quem também está na disputa na área de Engenharia é Luiz Filipe Santos, com o Aqua System, um chuveiro que busca reduzir o consumo de água durante o banho. “O dispositivo reúne componentes elétricos e eletrônicos que são gerenciados por um arduíno, que é como um pequeno computador que pode ser programado para atender uma determinada função”, explica.
Já as jovens Sabrina Rocha, Mariah Clara da Silva e Clara Brandão, que fizeram parte da primeira turma do curso de Biotecnologia do Novo Ensino Médio da Escola SESI, em parceria com o SENAI Cimatec, concorrem na área de Ciências Agrárias. Juntas, elas buscaram uma solução sustentável para suplementar a alimentação de gado de corte.
Usando a microalga dunaliella salina e a hesperidina, antioxidante extraído da casca da laranja, elas produziram uma ração e avaliam o potencial deste composto para a suplementar a alimentação de bovinos. “A gente queria auxiliar na resolução das problemáticas que envolvem o desequilíbrio nutricional presente nas pastagens, principal fonte de alimento dos bovinos de corte, que acontece nos momentos de seca, buscando diminuir o uso de aditivos que prejudicam a fisiologia do animal”, explica Sabrina Rocha.
Na área de Ciências Humanas, as jovens Bruna Mendes , Amália Bonfim e Ana Júlia de Souza investigaram os desafios para garantir uma educação de qualidade voltada à existência quilombola no Brasil. “Apesar de a Lei 11.645 ter tornado obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena, a gente percebeu que ela não é implementada efetivamente por questões como relacionados a baixa disponibilidade de materiais sobre o assunto e inadequação de currículos de professores na própria licenciatura que às vezes não preparam o profissional para falar sobre esses temas de forma aprofundada”, destaca Ana Júlia
de Souza. A partir da pesquisa, o objetivo é publicar um livro paradidático voltado para a valorização das comunidades quilombolas, contribuindo para a produção de materiais específicos sobre o tema que possam ser utilizados em sala de aula.
Outro projeto que concorre na área de Ciências Humanas e de Vitória da Conquista. As estudantes Marina Torres, Julia Andrade e Rebeca da Silva pesquisaram os estereótipos do nordestino no cinema, a partir da na análise dos filmes O Auto da Compadecida, Bacurau e Ó paí, ó. “Também buscamos entender de que forma essa representação interfere no imaginário das pessoas”, conta Rebeca Ventura.
Confira mais informações sobre os projetos:
Escola SESI Reitor Miguel Calmon (Salvador)
Projeto: SMAC – Sistema de medição de adulteração de combustível
Pesquisadoras: Daniela da Silva de Paula e Franciele Pereira da Silva.
Orientação: Diego Grimaldi de Queiroz
Projeto: Aqua System: utilização de chuveiros inteligentes no gerenciamento do consumo hídrico
Pesquisador: Luiz Filipe da Silva Pereira Santos
Orientação: Carolina Costa Freitas Alcântara e Lorena Brito Góes Vieira
Escola SESI Djalma Pessoa (Salvador)
Projeto: Avaliação do potencial uso da biomassa de microalga dunaliella salina associada ao flavonoide hesperidina extraída de resíduos de casca de laranja citrus sinensis como alternativa sustentável para suplementação de bovinos de corte.
Pesquisadoras: Sabrina dos Santos Rocha, Mariah Clara Oliveira Fernandes da Silva e Clara Dias da Silva Marins Brandão
Orientação: Fernando Moutinho (Orientação) , Roseane Santos Oliveira (Coorientação)
Projeto: Desafios para garantir uma educação de qualidade voltada à existência quilombola no Brasil
Pesquisadoras: Bruna Santos Mendes , Amália Dias Santana Bonfim e Ana Júlia Pereira Alves de Souza
Orientação: Michele Sodré das Neves (Orientação) , Fabiane Lima Santos (Coorientação)
Escola SESI Anísio Teixeira (Vitória da Conquista)
Projeto: Os estereótipos do nordestino em obras cinematográficas e suas influências na formação do imaginário popular
Pesquisadores: Marina Santos Torres, Julia Carvalho Andrade e Rebeca Ventura Rocha da Silva
Orientação: Victor Lima dos Santos
