As alunas Nicole Melo e Yasmin Fonseca, da Rede SESI Bahia de Educação, foram premiadas na Regeneron ISEF - International Science and Engineering Fair (ISEF), considerada a maior feira de ciência pré-universitária do mundo. As jovens pesquisadoras conquistaram o quarto lugar na área de Ciências das Plantas (Plant Sciences). O resultado foi anunciado na sexta-feira, 21.05, último dia da feira, que foi realizada em formato virtual.
Nicole e Yasmin fazem parte do grupo de Pesquisa TecVerdes, da Escola Sesi Djalma Pessoa, em Salvador, e foram selecionadas na 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) para integrar a delegação brasileira, que levou 18 projetos para o evento científico internacional. Promovida pela Society for Science, a Regeneron ISEF 2021 reuniu cerca de 1.800 jovens de 65 países. Neste ano, competiram 1.480 projetos, em 21 categorias.
As estudantes baianas se destacaram com o projeto “Tecnologia alternativa para aumento germinativo e potencialização de compostos bioativos em cultivares de coentro a partir da biomassa de Dunaliella salina incorporada a biofilme polimérico”. A pesquisa buscou uma alternativa para o uso de fertilizantes e agrotóxicos na agricultura. Com o projeto, elas desenvolveram um revestimento para sementes feito a partir do amido de mandioca associado à biomassa de microalga, com o objetivo de aumentar a produtividade no cultivo de vegetais e potencializar a quantidade de seus nutrientes.
Para Nicole Melo, o reconhecimento é a realização de um sonho. “É um marco na minha história acadêmica. Agora tenho certeza de que a ciência realmente pode nos levar muito longe. Infelizmente, no nosso país, a educação não é tão valorizada. Mas na minha jornada, até agora, vi que vale a pena investir na pesquisa brasileira”, comemora.
Já Yasmin Fonseca destaca que o aprimoramento contínuo do projeto foi fundamental para a conquista. “O legado que a iniciação científica deixa para mim é em relação à superação dos desafios que surgem durante a jornada. É importante estar sempre em constante desenvolvimento. Não chegaríamos até aqui se não tivéssemos nos dedicado à melhoria constante do projeto”, diz.
Com a participação na Regeneron ISEF 2021, as estudantes tiveram contato com pesquisadores de diversos países e o aprendizado contribui para o aprimoramento da pesquisa delas. “Agora mesmo estamos trabalhando em pontos que já identificamos na ISEF. A feira permitiu que tivéssemos contato com outros projetos e, a partir deste aprendizado, já pensamos em melhorias para o nosso projeto”, conta Yasmin.
Atuação consolidada
Esta não é a primeira vez que um projeto do programa de Iniciação Científica da Rede SESI Bahia de Educação participa da Regeneron ISEF - International Science and Engineering Fair (ISEF). Em 2018, outros três estudantes da rede também representaram o Brasil no evento científico internacional. Naquela oportunidade, o aluno Gabriel Negrão ficou em terceiro lugar no Prêmio Especial da Sociedade de Espectroscopia de Pittsbourgh e recebeu menção honrosa da American Chemical Society dos Estados Unidos.
Para o coordenador do programa de Iniciação Científica da Rede SESI de Educação e orientador do projeto de pesquisa de Nicole e Yasmin, Fernando Moutinho, o resultado representa a consolidação do trabalho desenvolvido no programa. “O fato de estarmos novamente na ISEF mostra que o resultado de 2018 não foi pontual e nos coloca definitivamente no cenário de pesquisa pré-universitária internacional. Competimos com representantes do mundo todo pela excelência do trabalho apresentado. A premiação mostra a qualidade e complexidade do trabalho desenvolvido”, ressalta.
Compromissos internacionais
Ainda este ano as duas estudantes participam de outro evento científico internacional: a Infomatrix Continental Guadalajara. Além desta feira, a estudante Nicole Melo tem outro compromisso internacional da agenda. Entre os dias 28 de junho a 21 de julho, ela participa do National Youth Science Camp (NYSC), programa de residência em Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM) para estudantes do ensino médio nos EUA, que também vai ocorrer em formato virtual.
“Quando comecei na iniciação científica, via os outros alunos participando de feiras nacionais e até internacionais, mas me parecia algo distante para mim. Agora percebo que eu estou exercendo esse papel e talvez posso inspirar outros estudantes do SESI. Está sendo uma experiência muito boa”, comenta Nicole.
Iniciação Científica nas Escolas SESI
Todas as escolas da Rede SESI Bahia de Educação contam com laboratórios e espaços de aprendizagem equipados para a prática de pesquisa científica, e quadro docente para incentivo e orientação dos estudantes no desenvolvimento de soluções criativas e inovadoras para os desafios e problemáticas do cotidiano, nas diversas linhas de pesquisa.
A Rede SESI Bahia de Educação também disponibiliza 50 bolsas de incentivo a pesquisa para estudantes participantes da Iniciação Científica em Nossas Escolas.
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